
O eu para eu, eu para tu, eu para ele, eu para nos, eu para vós, eu para eles. Quantos eus tenho que ser para não ferir, não agredir, não iludir; sobressair. O eu ainda e sempre em primeira pessoa. Não como egoísmo, só como fonte destrutiva, agressiva, reflexiva. O eu desconcertante, que se esconde por instantes. O eu que ainda não tem nome, sobrenome nem tão pouco renome. Habita assim frágil encolhido, esse meu eu que me mata, me enlaça, me embaralha. Constroem-se mascaras falas, é tão significativo esse meu eu. É fala falha.
Sempre pede sente o que nem se quer conhece. Então se perde. O eu, mesmo que confuso, imprudente, indecente. Existe. E o tempo o modifica o amplia, a falta muda a fala muda o rosto muda. Formam-se novos eus, e nesse meio tempo o meu eu vai de encontro ao seu. E esse encontro poderá nos trazer coisas bonitas, risos, papos, alegrias. E talvez até mais graça ao encontro mEU.Não espere respostas .